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14 de novembro de 2010

Bem Vindos ao Blog Docência em Psicologia

Este blog esta sendo inciado com a idéia de agregar os conteúdos e as experiências obtidas durante o curso de pós graduação em metodologia e didática do ensino superior efetuado no ano de 2009.

A idéia é dispor material referente à experiência com o aprendizado e com a prática docente voltada à área de psicologia, área de minha gradução.

 Espero que este espaço possa contribuir tanto com a reflexão quanto com a prática docente na área de psicologia. Para tanto através deste espaço serão divulgados textos, notícias, propostas de atividades e experiências.



"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".
( Paulo Freire )


Movido pela inquetação que a docência provoca me vejo nas palavras de Paulo Freire bucando o que Guimarães Rosa descreve.


"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende".
(Guimarães Rosa)

Recursos Didáticos

Recursos didáticos são fortes aliados dos professores no desenvolvimento de suas aulas, desde que utilizados com bom senso e discernimento, o que exige do professor sensibilidade e atenção para que possa, não só escolher mas, utilizar o recurso  para atingir os objetivos da disciplina e ou curso.

Aqui serão postados link's para recursos didáticos separados por categorias, como proposta incial será apresentada uma sessão sobre os filmes citados no plano de ensino.

Link:

| Filmes | Jogos Cooperativos |


Abaixo uma apresentação contendo esclarecimentos sobre recursos didáticos e sua utilização, aconselho a vizualização do mesmo em modo "tela cheia" para facilitar a leitura.


View more presentations from tgsaraujo.

 

Como ministrar aulas expositivas

A aula expositiva já é uma técnica antiga e que até hoje é utilizada pelos professores, não só no Ensino Superior, mas também no Médio e Fundamental com o objetivo de transmitir informações aos estudantes.
Esse método de apresentação de um determinado tema também é utilizado na empresas através de palestras, cursos, reuniões e demais eventos institucionais.

Fatores importantes na utilização de Aulas Expositivas

Economia: Nos cursos superiores as turmas são normalmente numerosas e os professores tem dificuldades na aplicação de outras técnicas como a discussão em grupo. Por isso, os professores planejam suas aulas como se fossem palestras para atingir os alunos de forma ampla os conteúdos da matéria.
Flexibilidade: O professor tem a facilidade de utilizar diversos recursos em suas aulas como materiais impresso, vídeos, projeções ou usando apenas o quadro de giz (lousa).
Rapidez: O conteúdo apresentado pelo professor é aplicado de forma aos estudante e esses devem adquirir esses conhecimentos e aplicá-los a alguma atividade de trabalho acadêmico.
Ênfase no conteúdo: As aulas expositivas enfatizam o conteúdo e são eficientes quando são bem planejadas e executada mediante as técnicas de ensino. Os especialistas em determinada área do conhecimento deve ter não só experiências na área mas é importante também ter habilidades pedagógicas. “Dar aulas” não garante que tudo foi aprendido pelo aluno. Essa estratégia não é tão fácil de ser aplicada.

Vantagens e limitações da exposição

De acordo com GIL, (2008) a exposição por si só não é melhor nem pior que outras estratégias de ensino. Qualquer outra estratégia de ensino apresenta vantagens e limitações. É preciso que o professor esteja consciente delas.
Baseado nas análises já descritas neste trabalho de que o uso da exposição é mais aplicado nas áreas administrativas, por ser realmente uma estratégia econômica, flexível, rápida e que pode ser utilizada mesmo por pessoas que não possuem conhecimentos pedagógicos, destacamos aqui outras vantagens:

Vantagens
  • é útil para a introdução de qualquer assunto;
  • possibilita apresentar o assunto de forma organizada;
  • favorece controle do professor em relação ao conteúdo, sequência e duração da apresentação;
  • não é ameaçadora para o estudante, já que não exige sua manifestação;
  • pode ser adaptada aos mais diversos públicos.

Limitações
  • estimula a passividade dos estudantes;
  • seu sucesso depende das habilidades do expositor;
  • não possibilita levar em consideração as diferenças individuais.

Emoção na Exposição

A sala de aula é palco da apresentação do professor universitário, é como se estivesse em uma peça de teatro, sim isso mesmo, onde o docente é o ator e os alunos o público. Mas para que essa apresentação seja enriquecedora é preciso prender a atenção do auditório (da sala de aula). É claro que as intenções do professor universitário são diferentes do ator de teatro.
O professor universitário tem como objetivo estimular a emoção dos estudantes, de forma para envolve-los totalmente com o conteúdo que está sendo transmitido.
Essas emoções não são no sentido apenas de captar a emoção sólida dos estudantes, mas também na intenção de favorecer a memorização.
Também é importante para favorecer o aprendizado dos estudantes que o professor se mostre entusiasmado com a matéria. Professores habilidosos conseguem fazer com que conteúdos áridos se tornem interessantes. Mas infelizmente há professores que demonstram tão pouca emoção quando apresentam a matéria que os alunos ficam duvidando de sua importância”. (GIL, 2008).


Dicas de habilidades de comunicação para a exposição de aulas

É importante para um professor ter habilidades comunicativas para prender a atenção dos alunos e sua voz é fundamental para suas aulas. Gestos e movimentos na sala de aula também contribuem para reforçar ou desviar a atenção dos alunos em relação ao que está sendo apresentado na aula.
Voz: Ela é importante na comunicação humana, transmite emoções, expressa tristeza, segurança, insegurança, mostra que a pessoa é, suas principais características.
Conhecer sua própria voz é muito importante para o professor universitário”.
Importante analisar na voz: Respiração, intensidade, dicção, velocidade e ritmo.
Expressão corporal: Na sala de aula não só a voz faz parte da comunicação. O nosso corpo também. Tudo está envolvido neste tipo de comunicação: Movimento da cabeça, das mãos, posição das pernas, postura à frente da sala, expressão no olhar, vários gestos como esses expressam uma mensagem.
Os gestos ocorrem naturalmente e, quando coerentes com a fala, favorecem o entendimento das mensagens emitidas. Por isso, o professor precisa utilizar os gestos de forma a contribuir para a ampliação do poder da palavra”.
Modalidades de Exposição

Não existe uma única modalidade de exposição, na verdade outras formas de dar aulas são formas contínuas de apresentação. Destacamos aqui as principais:

  • Aula expositiva: Essa modalidade como já vimos, é a mais comum nos cursos universitários. É considera uma quase palestra pois é nesse tipo de aula que o professor fala mais. Essas aulas devem ser bem preparadas e bem aplicadas
  • Exposição provocativa: O professor propõe questões ao alunos que favorecem uma reflexão. Pode ser utilizada em qualquer disciplina, mas é mais adequada à disciplinas de cursos de ciências humanas.
  • Exposição-discussão: Essa modalidade os estudantes participam mais através das propostas do professor que os conduzem a expressarem seus pontos de vista, não só apenas levantar questões. São discussões pontos-chaves que o professor juntamente com os alunos comentam durante um tempo de 5 a 15 minutos (nem sempre) e ao longo da discussão o professor faz comentários e promove a integração das falas dos alunos. Vantagem: exposição e envolvimento dos estudantes.

Planejamento de aula expositiva

Uma aula expositiva depende em muito da organização previa feita pelo professor para garantir sua fluidez e a garantia dos objetivos traçados com relação a aula. Assim pode-se propor a seguinte orientação:
  • Seleção de tópicos: O professor deve se preocupar em selecionar os tópicos relevantes para a aula procurando ser sucinto, mas abordando conteúdo suficiente para garantir a proposta da aula, observando que tentar abordar o conteúdo em sua totalidade pode incorrer na oferta demasiada de conteúdo, sendo que nem todo conteúdo pode ser melhor apresentado em aulas expositivas, além de congestionar a aula em detrimento do rendimento do aluno.
  • A organização dos tópicos: Os tópicos devem seguir uma ordem lógica de modo a facilitar a sua compreensão. Esta organização ira depender dos assuntos e suas características, por exemplo, pode-se partir de assuntos mais fáceis para os mais complexos, partir de assuntos conhecidos para os desconhecidos, de causas para o efeito.
Durante a organização o professor deve estar atento a seus alunos e seu potencial cognitivo para procurar a melhor organização direcionada a estes alunos, aqui o professor deve prezar por uma atitude de empatia com intuito de ser coerente entre a organização dos tópicos para seus alunos.
  • Notas de aula: O professor pode valer-se de notas que venham a auxiliá-lo na condução da aula, observando que tais notas devam ser breves anotações as quais o professor ira recorrer para garantir a fluência e a abordagem dos conteúdos propostos para a aula. Estas notas funcionam com lembretes para auxiliar o professor durante a exposição.

Condução da aula expositiva
Após o preparo do que será ministrado na aula o próximo passo é elaborar de eu maneira a aula será conduzida, uma proposta é a divisão da aula expositiva em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.
  • Introdução: O objetivo é que o aluno venha a ter uma visão global do que será apresentado, de modo que possa identificar os objetivos da aula, deste modo o professor deve utilizar de recursos e ou meios para que se possa chamar atenção do aluno para o tema e dar uma previa do que será abordado, o ideal é que através desta introdução o professor consiga motivar os alunos para o tema, como um tipo de aquecimento inicial.
  • Desenvolvimento: E aqui que o professor terá de apresentar o conteúdo que definiu para a aula tendo cuidado para não procurar despejar conteúdo demais na tentativa de esgotar o mesmo em uma única exposição sem prezar pelo aproveitamento do aluno com o que lhe é apresentado, assim o professor deve se preocupar em como explorar o conteúdo estando atento ao aluno e como ele reage a aula. Promover um discurso que deixe claro os assuntos abordados com uma linguagem adequado aos alunos que se atende, prezando por uma fluência clara e objetiva que situe o aluno no discurso de maneira inteligível a ele, se possível utilizando analogias, demonstrações, metáforas dentre outras maneiras de ilustrar a aula. Em aulas expositivas é indicado o desenvolvimento de momentos de exposição com outras atividades para tornar as aulas menos monótonas e recuperar o interesse dos alunos.
  • Conclusão: A aula deve prever um espaço para que seja feita a conclusão, mas atentando para o fato de que não se trata de um fechamento em si, mas uma oportunidade de reparar a aula apresentada utilizando meios para observar se o aluno ou necessita de maiores esclarecimentos quanto ao que foi explorado. Para concluir a aula o professor abrir para perguntas dos alunos, pode fazer um resumo e ou revisão do que foi visto, pode dar uma previa do será visto na próxima aula e ou indicar leituras complementares.

Como melhorar a qualidade das aulas

A proposta de melhorar as aulas é uma preocupação que o professor deve ter em qualquer modalidade de aula, afinal de contas se o foco é o aluno o aperfeiçoamento das aulas deve ser sempre constante.
Permitir e incentivar a participação do aluno é de suma importância para garantir uma boa aula que convide o aluno a entrar em contato com o que lhe é apresentado.
Diversificar, neste caso um mesmo tipo de aula torna essa aula mais tolerável do ponto de vista do aluno, prendendo sua atenção e convidando a participação.
O bom senso e a percepção do professor quanto aos alunos que atende é o fator que pode contribuir de forma direta para a organização de sua aula, pois tomar cuidado com excessos no conteúdo ou na utilização de recursos é o que ira garantir uma boa aula, aproveitando o que há de melhor nas aulas expositivas.
As aulas expositivas devem contar sempre com revisões periódicas, mesmo dentro da própria aula como forma de chamar a atenção do aluno para o que esta sendo explorado, procurando reavivar os assuntos sem finalizá-los procurando provocar no aluno raciocínio e reflexão sobre o tema.

Conclusão

Aulas expositivas fazem parte do método tradicional quando usadas de maneira clássica, por esse motivo sofre inúmeras criticas dentre elas a de Paulo Freire que diz ser uma forma de continuar uma educação bancaria onde o aluno tem depositado o conteúdo ao qual foi submetido.
Muitas outras criticas são feitas a aula expositiva que apontam até para o fim de sua utilização por conta das limitações que apresenta como ferramenta de ensino.
Há também quem defenda este tipo de aula, mas com adaptações e revisões que venham a torná-la viável do ponto de vista didático pedagógico onde o aluno é sujeito do processo de ensino aprendizagem. Uma das propostas é a aula expositiva dialógica que garante e estimula a participação do aluno.
Deste modo de acordo com GIL, (2008) a exposição por si só não é melhor nem pior que outras estratégias de ensino.


Referencias bibliográficas 

GIL, A. C. Didática do ensino Superior. São Paulo: Atlas, 2009.


Outras fontes:
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/aula-expositiva-realidade-e-reflexoes-751917.html

Jogos cooperativos, visão geral e classificações

Os jogos cooperativos tiveram seus princípios desenvolvidos por Terry Orlick, psicólogo canadense, na década de 70. Ele constatou que os jogos reproduziam valores da sociedade, embora tal questão já houvesse sido explorada quanto as seus pressupostos históricos onde se pode constatar a prática em varias culturas pelo mundo, tendo também sua sistematização a partir da década de 50 através do trabalho pioneiro de Ted Lentz. A partir de então estudos e programas usando jogos cooperativos foram utilizados em vários países, tendo como inspirador os trabalhos de Terry Orlick com sua obra “Vencendo a Competição”.
A partir da observação dos jogos Orlick desenvolve seu trabalho sobre jogos cooperativos observando que a cultura ocidental é impregnada pelo incentivo a competição, sendo que com o desenvolvimento social e suas repercussões sociais esta postura competitiva veio a ser questionada quanto a seus valores e o seu impacto na formação dos sujeitos, cidadão que compõe a própria sociedade e como suas relações contribuíam ou não para o desenvolvimento social nos mais diversos sentidos. È neste cenário que os jogos cooperativos emergem com o uma resposta a tal situação enquanto meio para contribuir na construção de uma sociedade com relacionamentos onde a cooperação seja agente propiciador para criação de valores sociais em maior sintonia com as necessidades do mundo atual, tendo em vista que com a globalização a necessidade de convivência social transcende a idéia do indivíduo isolado pleno de sua capacidade competitiva.
Instituições com visão mais ampla da necessidade e as vantagens das ações calcadas na cooperação passam a voltar seu apreço a pessoas que estejam prontas a agir de maneira cooperativa. Ampliando o olhar para este ponto de vista em termos sociais, o cidadão passa a ser considerado como sujeito social imbuído de seus direitos e deveres inseridos em um contexto com o qual deve interagir de maneira responsável, ética, solidária e comprometida com o desenvolvimento sócia do qual é participante juntamente com todos os outros que a compõe. Deste modo ações na área de educação passam a vislumbrar e desenvolver a cooperação como estratégia de formação do cidadão.
Neste contexto os jogos cooperativos têm grande valor enquanto meio para se promover ações que formem estes cidadãos.
Promover ações que incentivem a cooperação em uma sociedade que tem raízes em uma cultura de competição abre espaço para reflexões quanto às características que diferenciam jogos competitivos de jogos cooperativos, para tanto através do quadro abaixo se busca ilustrar esta diferenciação.

Jogos cooperativos
Jogos Competitivos
Visão de que tem para todos
Visão de que só tem para um
Objetivos comuns
Objetivos exclusivos
Ganhar com o outro
Ganhar do outro
Jogar com
Jogar contra
Confiança Mutua
Desconfiança suspeita
Descontração
Tensão
Solidariedade
Rivalidade
A vitória é compartilhada
A vitória é somente para um

A possibilidade de participar de um jogo onde todos ganham conflita com a idéia da competição onde haverá um vencedor com a eliminação dos demais. Deste modo pode parecer estranho a uma pessoa acostumada a participar de jogos competitivos se envolver com uma proposta na qual a competição dá lugar a cooperação.
Segundo Orlick:

A diferença principal entre jogos cooperativos e competitivos é que nos jogos cooperativos todo mundo coopera e todos ganham, pois tais jogos eliminam o medo e o sentimento de fracasso. Eles reforçam a confiança em si mesmo, como uma pessoa digna e de valor.”

O mesmo autor classifica o jogo cooperativo em categorias segundo o grau com que a possibilidade de cooperação é explorada como apresentado no quadro abaixo:

Tipo de jogo
descrição
Jogos cooperativos sem perdedores
Todos jogam juntos para superar um desafio
Jogos cooperativos de resultado coletivo
São formadas equipes que devem unir esforços cooperando coletivamente para alcançar o objetivo ou meta
Jogos de inversão
A inversão é feita para se desestimular o enfoque na vitória, assim as equipes passam por rodízio de seus participantes de acordo com o resultado obtido.
Jogos semicooperativos
As equipes jogam uma contra a outra, mas o enfoque é voltado para a participação ativa e a diversão.

Obs.: Segundo Orlick, há a necessidade de se adaptar as atividades ao grupo ao qual se ira propor o jogo procurando oferecer tarefas que se apresentem como um desafio adequado ao grupo e as pessoas.

Outra possibilidade de classificação é apresentada por Magda Villa e Paula Falcão segundo a visão de David Earl Plats que propõe uma classificação dos jogos cooperativos baseado em sua finalidade como instrumento de aprendizagem, integração e visão sistêmica. A partir desta visão Villa e Falcão propõe a seguinte classificação seguidas de algumas dicas para aplicação.

Tipo de jogo
Descrição
Dicas
Jogos de Quebra-gelo e Integração
São jogos de abertura, nomes, ação, folia, musicais e com dança. São jogos curtos e com altas doses de ação e gasto de energia. Servem para unir o grupo desde o início da sessão, ajudando os participantes a memorizar o nome de cada um, começar um contato e se descontraírem. Os jogadores se soltam, aquecem, descarregam as tensões físicas e superam reservas pessoais. Devem ser usados nas primeiras fases de desenvolvimento do grupo, no início de cada reunião, após intervalos e todas as vezes que o focalizador sentir que a energia e motivação da equipe estão diminuindo.
Torne pessoal, mantenha pessoal, seja pessoal.
*Crie um espaço seguro e convide as pessoas para ele.
*Modele – mostre o que você espera da equipe.
*Quando trabalhar com co-focalizador, combine antes quem faz o que – divida as tarefas igualmente.
*Respeite a estrutura das pessoas.
*Evite negociar o que não for negociável.
*Seja mais generalista do que detalhista.
*Seja flexível e mostre aos participantes que existe a possibilidade de mudança.
*Mostre que percebeu os distúrbios.
Jogos de Toque e Confiança
Depois que o gelo foi quebrado, o objetivo do treinamento ou vivência pode começar a ser gradualmente trabalhado. Estes jogos ajudam os participantes a observar como lidam com a confiança em suas vidas. Conforme as pessoas forem se abrindo podemos passar aos exercícios de toque. Os jogos de toque e confiança devem ser utilizados com bastante cuidado, o focalizador deve estar atento ao momento do grupo e às reações de cada participante, assegurando-se de que o momento é este, pois eles podem disparar processos psicológicos internos.
Seja sensível aos seus próprios processos psicológicos.
*Segure o foco sutilmente – seja direto e facilite.
*Seja sensível a processos psicológicos inconscientes tanto seus quanto dos participantes.
*Encoraje e dê suporte a responsabilidade interna do grupo – faça com que eles sejam menos dependentes dos focalizadores.
*Dê mais de si mesmo.
*Esteja preparado para flexibilizar seus planos e para mudanças espontâneas.
*Evite reagir ao grupo – nesta fase você pode estar sendo
testado.
*Mantenha o foco no assunto do trabalho.
*Evite guiar os participantes e dar soluções prontas.
Jogos de Criatividade, Sintonia e Meditação
São jogos que estimulam a expressão da imaginação, intuição e criatividade. Nestes jogos os participantes podem se autoperceber e mostrar abertamente aos outros o que descobriram acerca de si mesmos e do grupo. Os participantes também fazem contato com seu próprio interior e com o grupo, percebendo o "maior" em todos os níveis. Neste momento o grupo já está completamente integrado, trabalhando junto e com plenas condições de aprofundar e introjetar o que foi visto até agora.
*Encoraje os participantes a serem positivos e procurarem soluções.
*Dê ferramentas que eles possam usar e levar para casa.
*Reforce o suporte do grupo.
*Trabalhe com perdão, amor e transpessoalidade.
*Evite dar falsas esperanças.
*Mantenha o foco original, evitando começar a trabalhar um novo assunto agora.

Jogos de Fechamento
Estes jogos servem para dar às pessoas a chance de se posicionarem em relação ao grupo e a si mesmas, transferindo o que fizeram no treinamento ou vivência para o seu dia-a-dia.

*Assegure-se de que o assunto está realmente fechado e que os participantes têm consciência de que o treinamento ou a vivência terminou.
*Evite continuar com assuntos anteriores.
*Ponha os pés do grupo no chão, tenha certeza de que eles estão preparados para ir embora.
*Termine sempre com uma nota positiva.
*Se o treinamento ou vivência disparou algo em um dos participantes que ainda não pode ser trabalhado ou concluído, feche com os outros participantes e a seguir trabalhe com o remanescente até encerrar o assunto.

Considerações finais:
A importância dos jogos cooperativos como meio para explorar novas formas de convivência grupal é de inestimável valor para inúmeras propostas de trabalho oferecendo condições para propiciar experiências favoráveis para mudanças de comportamento de convívio social, mas vale ressaltar a orientação de Orlick quanto a adequação das atividades ao grupo que se vai trabalhar, fator determinante do sucesso das atividades propostas.

Referências:

Quem não houviu falar de jogos cooperativos?

Jogos Cooperativos

É uma proposta de trabalho com dinâmicas de grupo criada por Terry Orlik, psicólogo canadense.

“A diferença principal entre jogos cooperativos e competitivos é que nos jogos cooperativos todo mundo coopera e todos ganham, pois tais jogos eliminam o medo e o sentimento de fracasso. Eles reforçam a confiança em si mesmo, como uma pessoa digna e de valor.”

A frase acima de autoria de Orlik, mostra de forma suscinta sua proposta com os jogos cooperativos, proposta que pode ser usada em contexto de ensino de adultos com grandes possibilidade de desenvolvimento dos alunos, uma vez que se oferece um tipo de atividade que foje do habitual quando se trata de jogos.
  
Em aulas de psicologia a proposta de Orlik é uma ferramenta muito interessante para que se possa "mexer" com os alunos a partir de dinâmicas que privilegiem a cooperação, pode promover melhor integração do grupo, mediar diferenças, motivar para tarefas entre outras possibilidades.

Os jogos cooperativos, se usados adequadamente são ferramentas didáticas preciosas capazes de levar os alunos a uma vivência de aprendizagem muito significativa que mobiliza para mudança de atitudes e consolidação da aprendizagem.

Há uma postagem na sessão Recursos Teóricos que apresneta de forma sucinta a teoria dos jogos cooperativos.



A revista jogos cooperativos é um boa referência na internet. Apresenta os conceitos teóricos dos jogos cooperativos, bibliografias e o mais interessante dipõe alguns roteiros de jogos cooperativos que podem ser aplicados.









Teorias de aprendizagem

Teorias de aprendizagem podem auxiliar na prática docente

A apropriação por parte do professor de teorias e práticas educacionais é de suma importância para que este venha a orientar sua pratica docente. Há um enorme cabedal de teorias capazes de instrumentalizar o professor para uma prática docente melhor, capaz de auxiliar os alunos no processo de aprendizagem. Segue abaixo um breve apanhado das principais teorias de ensino:

  • Comportamental:Quando se cria um ambiente e estímulos adequados há uma maximização do processo de aprendizagem. Watson, Pavlov, Guthrie, Skinner e Thorndike, são teóricos expressivos desta vertente.
  • Cognitiva:O indivíduo é o sujeito do conhecimento e procura entender a capacidade humana de conhecer e interpretar o mundo. Piaget, Bruner, Argyris e Schön, são teóricos expressivos desta vertente.
  • Humanista:O processo é centrado na pessoa, tendo em vista que todas as pessoas são dotadas de habilidades a serem exploradas e podem contribuir para o aperfeiçoamento do processo. Maslow, Rogers e Knowles, são teóricos expressivos desta vertente.
  • Construtivista:O indivíduo constrói o próprio conhecimento através da interação com o meio. Vigotsky, Weick e Paulo Freire, são teóricos expressivos desta vertente.
  • Social:A aprendizagem ocorre a partir da interação social e colaboração. Dewey, Bandura, Lave e Wenger, são teóricos expressivos desta vertente.
  • Significativa:Prima por um processo onde uma nova informação se relaciona com um aspecto especificamente relevante da estrutura de conhecimento do aprendiz. David Ausubel, autor da teoria desta vertente.

O aprofundamento em alguma teoria de aprendizagem pode instrumentalizar o professor de maneira que venha a potencializar suas aulas oferecendo a seus alunos melhores oportunidades de aprendizado, sendo que estas teorias por sua vez levantam, discutem e estudam a forma como se aprende, como se dá o processo ensino aprendizagem e propõe formas de ensinar.